nossos olhos, silicone puro
capturam o fel estético
qualquer sorriso patético
de um rosto contra o muro
meu olhos, teus olhos, uma cegueira
cada visão desabrocha uma dor
cada solidão uma preta cor
até no fundo da córnea derradeira
cores artificiais comem retinas
arco da íris de fuligem crua
cílios espanando poeira de rua
zelando as cápsulas de serotonina
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